Novos Horizontes
Ao regressar a Portugal, veio desejoso de fazer algo também nesta matéria, pois não havia quer na Rádio quer na Televisão, qualquer programa focando os problemas que as pessoas com a deficiência enfrentavam.
Procurou apoio dos responsáveis de programas da empresa que acolheram as suas ideias com muito entusiasmo.
Destes contactos nasceram em outubro desse ano os dois primeiros programas televisivos a abordar a deficiência: um programa destinado a pessoas com deficiência auditiva (A Vida no Silêncio), resultante de uma parceria entre a Associação Portuguesa de Surdos, o Ministério da Educação e a RTP, que contava com interpretação em Língua Gestual e o famoso programa "Novos Horizontes", mais geral, da sua autoria.
O programa A Vida no Silêncio teve início em 22 de outubro de 1978 e o programa Novos Hozrizontes no dia anterior (21 de outubro de 1978).
O Novos Hozrizontes era um Programa de Inovação para Pessoas com Deficiência e teve três grandes objetivos:
a) divulgar a atividade do CIDEF, a Engenharia de Reabilitação e as Tecnologias de Apoio;
b) divulgar a realidade da situação das pessoas com deficiência em Portugal;
c) divulgar boas práticas.
Com isso ia transformando a percepção que a sociedade portuguesa tinha desta população.
O programa introduz também legendagem para surdos e como era seu apanágio envolve pessoas com deficiência na apresentação do programa, acreditando que seriam eles que melhor transmitiriam uma ideia positiva do papel que podem desempenhar na sociedade.
Entre outubro de 1978 e maio de 1986 Jaime Filipe terá sido responsável por mais de 250 episódios. O programa teve continuidade até 2003, com a dedicação de Joaquim Miranda e produtoras externas, entre as quais a Artémis.
O Magazine CONSIGO, produzido pela Videomedia, sucedeu ao programa NOVOS HORIZONTES, tendo resultado de um parceria ente a RTP e o Instituto Nacional para a Reabilitação. Foi para o ar com uma periodicidade semanalmente entre 2004 e 2015.
Leia o artigo do CIDEF do 1.º aniversário do Novos Horizontes
